Osteomielites ou infecção nos ossos
Definição:
São Processos infecciosos que acometem os ossos do corpo.
Etiologia:
Causadas por bacterias ou fungos, sendo mais frequente a Bacteria Staphylococus Aureos. Pode ocorrer por exposição direta do osso ao meio ambiente contaminado ou por via hematogênica.
Classificação:
Pós fratura exposta: A exposição direta do osso ocorre diante de uma fratura exposta (fratura com corte na pele e exposição do osso ao meo externo), após trauma de alta energia no esporte e com aumento da violência urbana e transito, temos estes traumas cada vez mais frequentes.
Estima-se que 30% das fraturas expostas podem evoluir a infecção óssea – osteomielite.
Hematogênica: mais comum em crianças e na faixa etaria dos 2 aos 5 anos.
(Podem também ocorrer em pós operatórios).
Ainda, em relação ao tempo de doença, pode ser dividida em:
– aguda (recente)
– crônica (periodos prolongados de infecção)
Diagnóstico:
É realizado pela história clinica de paciente com fratura exposta e evolução subsequente com sinais de infecção, sendo eles a hiperemia local, calor local, edema e dor.
No caso de crianças, a origem hematogênica, tem a historia clinica de dor, defesa do membro acometido, edema, calor e rubor, com queda do estado geral, febre e toxemia.
Pode haver orificio na pele (fistula) com exteriorização de secreção purulenta.
Na avaliação subsidiária podemos lançar mão de exames complementares:
– hemograma,
– VHS,
– PCR.
– RX,
– USG,
– Ressonância Magnética em algumas situações
– Cintilografia com leucocitos marcados
– fistulografia
– punção.
Tratamento:
É mandatorio para o tratamento a realização de:
– drenagem de secreções,
– limpeza rigorosa local
– ressecção de tecidos desvitalizados
– irrigação de abundante quantidade de soro fisiologico
– em procedimento cirurgico e sob anestesia.
Se fratura exposta deve-se realizar:
– fixação cirurgica da fratura, que geralmente se dá pelo uso de fixadores externos, com estabilização óssea, buscando o controle da progressão dos danos locais, de forma urgente.
Em ambas as situações, infecção agúda, crônica ou hematogênica coleta-se material para exame de cultura de bacterias, visando identificar o germe causador da infecção.
No pós operatorio deve-se iniciar a antibioticoterapia de acordo com protocolos da cada local e após o resultado das culturas acima, inicia-se então a antibioticoterapia direcionada.
– Curativos a vacuo quando necessário.
Se faltar cobertura de pele:
– Tecnica de Papineau
– Rotação de retalhos ou outras tecnicas de cobertura depele.
Se houver perda óssea:
– Tecnicas de Masquelet
– Transportes e alongamentos ósseos podem ser realizados.
Novos conceitos:
Fazem parte dos novos conceitos no tratamento das osteomielites:
– Todos acima
– Acompanhamento médico multidisciplinar com equipes coordenada pelo ortopedista e inclusão de infectologistas, cirurgiões plasticos, clinica médica, fisioterapeutas, equipes de curativos e enfermagem especializada.
– Uso de enxerto de Sulfato com Antibiótico
– Enxerto de vidro bioativo: enxerto este com ação bacteriostatica, por ação osmolar, alteração de pH, estimulo a hipervascularização e base para a formação óssea, além de um potencial de estimulo a formação óssea.